A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, irá liderar um mutirão nacional de fiscalização de preços em postos de combustíveis em todos os estados brasileiros. Essa ação conta com a participação de órgãos de defesa do consumidor, incluindo os Procons, e tem como objetivo garantir a implementação da decisão da Petrobras de reduzir os preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras.
A redução anunciada foi de R$ 0,44 por litro do diesel, passando de R$ 3,46 para R$ 3,02, e de R$ 0,40 por litro da gasolina, indo de R$ 3,18 para R$ 2,78. O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, enfatizou que essa medida beneficia toda a população brasileira e deve ser cumprida e fiscalizada. Ele ressaltou que não se busca criminalizar os postos de combustíveis, mas destacou que esse setor pode ser um dos mais cartelizados da economia brasileira, e problemas com os preços dos combustíveis têm sido recorrentes.
Após o anúncio da redução de preços, várias denúncias de abusos e fraudes surgiram. Consumidores relataram aumentos repentinos nos preços, visando burlar a redução anunciada. O governo pretende comparar os preços praticados nos últimos dias com os novos preços após a redução implementada pela Petrobras.
O mutirão de fiscalização foi marcado para o dia 24/05/2023. O ministro da Justiça, Flávio Dino, mencionou que medidas como aplicação de multas e suspensão de atividades dos postos que forem flagrados cometendo ilegalidades podem ser tomadas. Ele enfatizou que, embora não haja tabelamento de preços no mercado de combustíveis, o setor é regulado por leis e decretos, e as empresas devem ter senso de proporcionalidade ao repassar os descontos.
Além do mutirão, foi decidido criar um comitê permanente de monitoramento do mercado de combustíveis, composto pela Senacon, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP). Esses órgãos atuarão conjuntamente para realizar uma fiscalização preventiva e ostensiva contra possíveis abusos econômicos no setor de combustíveis.
Fonte: AgênciaBrasil